quinta-feira, 25 de junho de 2009

Uma questão teórica

Uma questão teórica
Na oficina III, gestar 2, quando falávamos nas dimensões sintáticas, semânticas e pragmáticas que envolvem a linguagem nas suas modalidades oral e escrita e, que, as três devem seguir paralelas nas aulas de Português, uma das cursistas mencionou que “falando” era tudo “muito bonito”, mas na prática... era complicado.
Isso me fez repensar profundamente e deparei-me com um livro esquecido na prateleira, o abri, e sem censurar o que me afligia, busquei solução. Falo do “Ensino de Língua Portuguesa- uma abordagem pragmática”, da autora Lívia Suassuna, em específico o capítulo 4, “Uma parte de mim é todo mundo”, onde a referida autora bebe das palavras de Ferreira Gullar aplicando às questões dicotômicas que envolvem os professores de Língua Portuguesa. O capítulo concorda com as novas práticas sugeridas no Programa Gestar II, o qual tem também nos levado a tais questionamentos.
Na experiência pessoal narrada por Lívia, ela diz: “Uma grande dúvida me incomodava, na ocasião. Se ser professor de língua não é o mesmo que ser professor de gramática, o que ensinar então? E aí, começou um processo doloroso, trabalhoso – eu tinha que me virar, tinha que imaginar o que faria em sala de aula, resguardando, é claro, a especificidade da matéria ( no caso, Português ).
Tal fato é o mesmo que nos atormenta, como agir? O que fazer? Que linguagem devemos priorizar? Devemos corrigir situações ridicularizadas pela gramática normativa? Ou, favoreceremos o papel principal da comunicação?
No parágrafo seguinte Lívia continua: “resolvi, então, que eu queria dos meus alunos o exercício de quatro habilidades fundamentais: ler, escrever, ouvir e falar. Em seguida, elegi, como eixo do programa, a variação lingüística – para ir contra uma pedagogia tradicional, que primava pela negação do heterogêneo, só havia um caminho: trabalhar com a língua nas suas mais diversas manifestações, tal como se apresenta para nós na “vida intensamente vivida’.
Realizar um trabalho diferente do convencional requer um projeto político pedagógico com maior abrangência, não um planejamento individual, isolado, mas, algo onde todos da escola (no mínimo) tratem o ensino língua portuguesa dentro da mesma visão. A escola está a ampliar conhecimentos partindo do que o aluno já trás (internalizado) sobre o mundo de modo geral. Isto se dá em todas as disciplinas.
Revendo o pensamento de outros autores, como: Vanoye (1983), Ilari e Possenti (1985), Lemos (1983), Camacho (1978), Geraldi(1985) e outros, assim como eles, Lívia posiciona-se que a língua padrão deve ser mesmo ensinada/aprendida na escola. E, se tal argumentação está epistemologicamente fundamentada, compreende-se que “toda e qualquer forma de conhecimento é legítima e nenhum professor pode sonegar saber ao aluno, seja ele quem for. O saber não é de ninguém especificamente, mas deve ser de todos, pois é por todos construído. Dessa forma não há por que excluir saberes e pessoas do processo pedagógico”.
Sim, não é necessário e nem há por que excluir “este ou aquele”, o professor deve oportunizar ao aluno o domínio de mais uma forma de falar – o dialeto padrão, sem que isso signifique a depreciação da forma de falar predominante em sua família, em seu grupo social. Querendo ou não essa língua padrão é um dos caminhos ao rompimento de acesso ao poder... “é a possibilidade de o aluno-sujeito apropriar-se de novos sistemas de referência, por meio dos quais agirá sobre o outro e sobre o mundo em que ele se insere- o mundo que, pela enunciação possa conquistar e transformar”. (p.148)
Concomitantemente está o Gestar2, o mesmo reforça que a língua padrão deve estar situada como uma instância a mais, um dialeto a mais, e não, o maior, o melhor, o mais bonito...Só se ensina socializando, e neste caso está o conhecimento internalizado, está todos os elementos da interação comunicativa, está a melhor adequação. Se somos nós os próprios detentores da língua, não há motivo para discriminação.

Rosângela Santiago Ribeiro.

APRECIAÇÃO

Apreciação
“A Hora da Estrela” é uma narração diferente. Diferente por que se espera que a personagem sofrida se resgate, ou seja resgatada ao desfecho para que haja mais plenitude e consolo ao leitor. Para que ele diga Graças a Deus, tudo terminou bem!
Durante toda a narrativa, a protagonista pouco age, porém o seu introspectivo é escancarado, aflorado, virado pelo avesso,dissecado, pelo narrador –personagem Rodrigo S.M,indivíduo que tudo sabe sobre a “estrela”...mas que estrela? Estrela é luz, resplendor, beleza, destaque... Quem seria a estrela? Macabeia? Não, aquela não poderia ser a estrela. Até poderia, se ,a sua hora tivesse de fato chegado, mas não chegou... Fica na imaginação do leitor.
Clarisse Lispector, na pele de Rodrigo – narrador-personagem,revela em Macabéia aquilo que lhe é peculiar em seus personagens, o interesse por processos interiores e pela revolução que esses processos promovem nas relações do ser consigo mesmo e com o mundo... É uma das maiores autoras intimistas já conhecida.
O fato é que muitas e muitas Macabéias estão por aí, acabrunhadas, atormentadas, desiludidas, por Olímpicos Raimundos e Glórias, representados no mundo feito pelos injustos, pelos egoístas, por tantas mazelas...


Clarice, apenas em uso da sabedoria, mostrou que somos também um pouco ou pouco mais Macabeia, ou simplesmente Macabeia em luta, evolução.Rosângela Santiago Ribeiro.

Oficina III

Oficina III

No dia 12 de Junho de 2009, na cidade de PioIX- PI, no auditório da Secretária Municipal de Educação, realizamos a terceira oficina referentes as unidades 5 e 6: Gramática – seus sentidos e A frase e sua organização. Após a abertura, sempre com um texto que nos leva a reflexão, fizemos um levantamento prévio a cerca das temáticas deste TP. Fizemos uma investigação sobre as tarefas semipresenciais e aplicações dos AAAs. Que aspecto tem melhorado?
Fizemos leitura compartilhada do texto da página 13 e através de data show exposição dos resumos Gramática e variações: gramática descritiva, gramática internalizada e gramática normativa. Seguiu-se com mais um resumo, agora da unidade 6. Ao término desta leitura individual e posterior formação de grupos para a resolução das questões seguida de plenária sobre o texto Referência da página 36.
Houve relatos de algumas “Lição de casa”- Avançando na Prática. Sempre com partilha de experiências.
Iniciamos a parte III da oficina, sem tempo para o término.
Conversamos ainda sobre a elaboração do Projeto Interdisciplinar, a preparação do portfólio do cursista e entregas de atividades pendentes.
O encontro foi produtivo essencialmente quanto a conscientização ao professor de Língua Portuguesa, de, simultaneamente trabalhar com as gramáticas interna, descritiva e normativa nas produções e atividades escolares como um todo. Rosângela Santiago Ribeiro ( Formadora )

terça-feira, 23 de junho de 2009

SAUDADE

Saudade
No mundo dos abstratos
Imergidos os poetas
Com maestria e fino trato
Diversidades de temas
Nas metáforas embebidos
Guiando tinteiro e pena
Não existe o proibido
Saudade não é mote de outrora
É o tema que eu falo agora.

Reminiscências expressas
Lembranças mil aflorando
Por aí saem proclamando
Como pássaros sem nenhuma pressa
“saudade! Asa de dor do Pensamento!
Gemidos vãos de canaviais ao vento...
As mortalhas de névoa sobre a serra...”
Disse Da Costa e Silva
Príncipe Piauiense Poeta.


“Eu tenho dentro de mim
Uma sodade arranchada
Tão grande, tão destemida,
Que não pode ser medida
Nem pesada, nem jurgada.”
Descreveu como ninguém
O que doía em seu peito
Sem saber escrever direito
Porém sabia do seu destino
Patativa do Assaré
Grande poeta nordestino.

Nenhum fica de fora
Candeia, o seringueiro
Lá do Acre recitou
“Saudade é um parafuso
Que dentro da rosca cai
Só entra se for torcendo
Porque batendo não vai
E quando enferruja dentro
Nem torcendo sai.”

Cada qual com seus dizeres
Contudo em comum os prazeres
Dos dias de alegria
E das tristezas também
“Oh! Que saudade que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais.”
Saudade: “A memória do Coração”
De Frei Beto uma definição
Neste legado. Casimiro de Abreu
Em estado pleno de emoção.

Caroline Rodrigues Cardoso
Sinta os meus versos com gozo
Aos poetas entrelaçados
Lutei com a intertextualidade
Sem fugir da realidade
Manejei o sentimento saudade
Com muita propriedade
Quero que você considere
Como atividade do Gestar
No blog irei postar
E um dez quero ganhar.
Rosângela Santiago Ribeiro.

Fotografias da oficina III







Esta pequena é minha filha.

domingo, 21 de junho de 2009

Oficina II




Oficina II
Sexta feira, 22 de maio de 2009, foi realizada a segunda oficina do Gestar II, no Polo PioIX-PI, na Unidade Escolar Balduíno Barbosa de Deus, de 13 as 17 horas. Estiveram presentes: Formadora e Cursistas, em clima de amizade, tranquilidade e ansiedade às novidades do TP1, que, já estudados em casa, deveríamos realizar a oficina sugerida mesclando aos conteúdos das unidades 3 e 4.
Iniciamos a oficina com um texto reflexivo, cujo contexto tem o intuito de nos impactar e nos injetar ânimo para valorizarmos aquilo que temos e vivemos nos seus detalhes mínimos e simples que nos passam imperceptíveis... Muitas vezes...
Em datashow vimos os resumos das duas unidades, discutimos e partilhamos experiências do dia a dia. Comentamos o texto Referência da página 123 juntamente com a atividade. Em sequência, exposição das atividades “Avançando na Prática”, socialização bastante enriquecedora. Partimos para a parte III da oficina, com comentário prévio sobre o gênero “Fábula”. Em grupos cumpriram as etapas da atividade seguida de plenária.
Reavaliamos a Oficina, falamos das pendências, objetivos e usos dos AAAs em sala de aula.
Agendamos os conteúdos a serem estudados nos próximos 15 dias e o encontro para o dia 12 de Junho.
“Coisas boas devem ser ditas - A cidade de PioIX, com seus respectivos representantes: Secretária Municipal, Coordenadores de Escola, Supervisora de Ensino, Diretoras e Secretárias receberam o Programa Gestar II com confiança nas suas concepções fundamentadas na aprendizagem. Fomos acolhidos com carinho e respeito. Equipamentos tecnológicos, entre outros, foram colocados ao nosso dispor. É com esta visão que alcançaremos uma nova escola ao mundo contemporâneo.”
Rosângela Santiago Ribeiro.
“O compromisso próprio da existência humana, só existe no engajamento com a realidade, de cujas águas, os homens verdadeiramente comprometidos ficam molhados, ensopados.” Paulo Freire.

O Segundo Encontro Gestar II

2º Encontro Gestar 2
Primeira semana de Junho de 2009 ( 1 a 5/06/09 ), cumpriu-se mais 40 horas de estudos e reflexões aos formadores, parte da formação Gestar2. Desta feita, habilitados e familiarizados ao processo, tudo parecia mais tranqüilo, porém, algumas dificuldades em vista deveriam ser expressas.
Inicialmente o encontro foi marcado pela socialização das oficinas. Em ordem alfabética, cada formador expôs suas primeiras experiências e foram passadas informações necessárias e pertinentes ao Gestar2, como: quantidade e perfil dos cursistas, recepção e dificuldades pedagógicas, a construção do projeto, avaliação e auto-avaliação, itens também relacionados aos cursistas.
Sobre os portifólios, relapsos dos formadores, as obrigações ficaram firmadas no sentido que a partir de então os portifólios serão eletrônicos, ou seja, blogs coletivos e individuais, intuito este de haver plena interação entre os participantes.
No segundo dia, iniciaram-se os trabalhos com o estudo do TP6 – Leitura e processos da escrita II e suas respectivas unidades: 21,22,23 e 24: “Argumentação e Linguagem, Produção Textual: planejamento e escrita, O Processo de Formação Textual, Literatura para Adolescentes”, através de leitura compartilhada, realizações de atividades dos “Avançando na Prática”, construção de cartazes argumentativos, exibição dos vídeos: “A Persuasão” e “Ler deveria ser proibido”. Ao término das atividades propostas, havia socialização e discussão, tudo bem conduzido pela Professora Carol.
No terceiro dia, “Linguagem e Cultura”, tema central do TP1, englobando as unidades: 1,2,3 e 4, respectivamente: “Variantes Linguísticas: dialetos e registros”; “Variantes Linguísticas: desfazendo equívocos”; “O texto como centro das experiências no ensino da Língua”; “A intertextualidade”; e, “sem perder de vista as especificidades” tal, foram executadas estrategicamente em leituras coletivas, exibição do filme “Língua(além mar), crítica seguida de debate; contextualização entre os textos “Variantes Linguística” e “nós mudemo”; oficina Chico Bento – orador da turma, oficina dos contínuos de urbanização, de oralidade, letramento, de monitoração e mais uma mostragem do filme “A hora da estrela”, intercalado a outras leituras compartilhadas do referido TP.
Procedimentos semelhantes ocorreram também no quarto dia. No decurso do TP2-“Análise lingüística” e “Análise literária”, temas selecionados nas unidades: 5,6,7 e 8: “Gramática: seus vários sentidos”; “A frase e sua organização” “A arte: formas e função” e “Linguagem figurada”. Momento especial desse dia foi a exibição do filme “O carteiro e o Poeta”, o qual nos despertou a repensar o papel da arte no cotidiano das pessoas.
No quinto e último dia houve um apanhado geral sobre tudo que foi estudado. Ensaios fotográficos, flash para todos os lados.
Postagens mensalmente nos blogs e deveres para o próximo encontro foram estabelecidos.
Despedidas, abraços, abraços, saudades...
Renovamo-nos mais ainda...
Rosângela Santiago Ribeiro. Gestar II – PioIX-PI.“O Educador antes de ser profissional, é homem,(...) não pode estar fora de um contexto histórico cultural em cujas interrelações constrói seu eu”. Paulo Freire.

O Primeiro Encontro Gestar II

Como tudo começou...
Como tudo começou de fato, não sei. Imagino que essas sábias moças: Silviane, Cátia, Leila, Maria Antonieta e Maria Luiza, em uma dessas tardes de conversas, despropositadamente, em trato intelectual, embebidas por questões complexas que envolvem o ensino- aprendizagem, sedentas em contribuir para o crescimento e enriquecimento educacional e profissional de tantos e tantos docentes distribuídos pelos brasis afora, e, de tantos e tantos alunos, alunos, quantos incontáveis de hoje e de amanhã..., intencionalmente agora, à luz da ciência, organizaram este programa, creio que horas e horas foram dispensadas nas leituras, pesquisas, escolhas, tudo deveria estar bem adequado para Norte, Sul, Leste e Oeste, considerando as diversidades deste imenso território. E fizeram, com êxito, o Programa chama-se Gestar II – Programa Gestão da Aprendizagem Escolar.
As autoras e os que abraçaram O Programa Gestar, mostram o compromisso e o respeito pelos educadores e educandos que fazem o Sistema Educacional Brasileiro. É na reavaliação das nossas práticas que transitaremos ao aprimoramento pedagógico e profissional....E...
E, Lá estávamos, na capital do Estado do Piauí, Teresina, no dia 10 de novembro de 2008. Curiosas e atentas. Após apresentação do Programa feito pela equipe- Gestar e os representantes da Seduc, fomos direcionados ao Instituto de Educação Antonino Freire, na ocasião deveríamos escolher uma sala destinada aos de Língua Portuguesa, onde, por livre escolha, adentramos à sala da Formadora Caroline Rodrigues Cardoso, que sem ofender aos demais, ela é por demais eficiente, competente e simples, o que nos deixou bem à vontade.
Apresentamos-nos em plenária, Carol falou da sua metodologia, nos temas que seriam abordados e deu-se o início das primeiras 40 horas presenciais.
No dia 11, Carol reintroduz os trabalhos com o TP3, unidades 9 e 10: “Gêneros Textuais – do intuitivo ao sistematizado” e “Trabalhando Gêneros Textuais”. No vespertino, foi trabalhada a unidade 11: “Tipos Textuais”.
No dia 12, pela manhã, vimos a unidade 12, “A interrelação entre gêneros e tipos textuais”. Na tarde deste dia, o TP4, unidades 13 e 14: “Leitura, Escrita e Cultura” e o “Processo da Leitura”.
Na manhã do dia 13, continuamos com o TP4, agora as unidades 15 e 16,”Mergulho no Texto” e “A prática textual- crenças teorias e fazeres.’ Durante a tarde estudo da “Estilística”, (unidade 17).
No último dia falou-se sobre “Coerência Textual” e “Relações lógicas no texto”, unidades 19 e 20. O encerramento aconteceu com a retomada dos três TPs.
Arrematados a tantos temas, a professora Carol proporcionou vários agradáveis momentos e os dias foram norteados pelas seguintes estratégias:
· Leitura compartilhada de textos;
· Sistematização dos principais tópicos dos TPs com discussão das propostas didático-pedagógicas;
· Realização de atividades
· Análises de vídeos temáticos
· Constituição de diário reflexivo, portifólio como estratégia de avaliação.
Dessa forma seguiu-se esta valiosa semana. Ali, baseados nessa nova abordagem, deveríamos cumprir os papeis de planejar, conduzir e avaliar as oficinas com professores cursistas dos respectivos municípios. Quanta responsabilidade em mãos e em mente. Em mãos 20 livros a serem estudados minuciosamente, em mente o desejo da realização, do progresso, da aprendizagem...
Esperaremos a chegada dos volumes (Kits) GestarII, que serão destinados aos cursistas e só então, conduzirmos as oficinas.
Foram-se Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março. Os livros chegaram à Gerência Regional de Educação em Abril de 2009, quando distribuímos aos cursistas após reunião introdutória. Agendamos no ato a primeira oficina para 08 de Maio.

Rosângela Santiago Ribeiro. Polo – PioIX-PI.“O homem é um ser na busca constante de ser mais”.(Paulo Freire)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Poemas do Poeta Hermínio ( 1930 )




Dentre tantos poemas de Hermínio, vivos na mente de muitos fronteirenses, este, único encontrado de seu próprio punho, faz críticas a um amigo que seguia o partido de Getúlio Vargas. Para mim, sua bisneta e admiradora é de grande valor. A vocês, professores de línguas e códigos é algo interessante quanto ao estudo dos recursos linguísticos de um tempo remoto, feito por alguém que passou apenas uma semana com um professor na cidade de Jaicós-PI para aprender o abc... Desde então, além da oralidade,transcreveu tudo que sentia e o que os outros sentiam também, nada passava em branco, provocava risos e raivas, para alguns era louco, para outros era sábio. Era o Gregório de Matos do então povoado Socorro. Veja com Carinho!






sábado, 13 de junho de 2009

Passei a minha pena com um mínimo de tinta sobre o texto da Loiola.

Em Babel ocorreu um fenômeno Divino ( não natural ), o que Deus fez e faz na Sua Onipotência, Onisciência, Onipresença não é explicável, é compreendido. Deus é Deus. É soberano.
A busca por respostas é uma constante na vida do homem. Como criatura de Deus, por não crer no seu criador vive imergido num infindo conflito. A origem da espécie humana seguida da utilização da linguagem, via raciocínio, são dilemas que se arrastam séculos a séculos, nos quesitos "quando e como tudo começou". - Desnecessariamente. Com o sopro de vida , Deus fez homem e mulher a sua imagem , ou seja, diferente dos outros seres. Crer ou não crer nos textos bíblicos faz parte do livre arbítrio que o próprio Deus nos proporcionou.
O que aconteceu no dia de Pentecoste ( Atos 2 ) foi cumprimento da promessa de Cristo que enviaria o Consolador- O Espírito Santo(Jo 14/16 ). Com o derramar do Dom do Espírito Santo, os judeus começaram a falar em línguas ( capacidade de falar em idiomas nunca antes estudados ) . Compreende-se que eram momentos de espiritualidade, no qual, só se explica também através da espiritualidade, o sobrenatural difere do homem em estado natural.
Em notas de rodapé da Bíblia de Estudos, da Sociedade Bíblica do Brasil, constata-se que “O falar em diversas línguas sublinhou o avanço universal da Igreja, uma inversão da experiência de Babel ( Gn 11 ), onde as línguas foram confundidas para que as pessoas não mais pudessem compreender umas as outras. No pentecostes o milagre lingüístico (outras línguas ) capacitou os visitantes da Judéia que não mais entendiam hebraico e aramaico, a compreender a mensagem do evangelho”. Essas Línguas poderiam ser entendíveis ou não. A ocorrência foi tão extraordinária que os crentes chegaram a ser acusados de estarem embriagados ( Atos 2/13 ) e estavam mesmo, embriagados pelo Espírito Santo, algo inexplicável pelo homem natural. Entende-se, portanto, que essas línguas aí faladas e até hoje pelas Igrejas Pentecostais não se confundem com a necessidade do homem de estabelecer comunicação. As línguas surgiram e surgem em grupos de pessoas, ganha proporção. É especialidade nossa, dada por Deus.
Que todos possam conciliar fé pessoal e vida prática tendo enfim vida equilibrada.

Por Rosângela Santiago. ( Fronteiras-PI, 13 de junho de 2009 )
“ Se tentares viver no passado, a vida será difícil.
Jesus não disse: “Eu Era.”
Se tentares viver no futuro, a vida será difícil.
Jesus não disse: “Eu Serei.”
Se viverdes um dia de cada vez,
A vida te correrá bem.Jesus disse: “Eu Sou.””(Jo 8.58)

quarta-feira, 10 de junho de 2009











Fotos da 1ª Oficina

A primeira oficina

Após duas reuniões introdutórias ocorridas no mês de abril, tento os cursistas entendido e discutido sobre o funcionamento do Gestar 2- Língua Portuguesa, realizou-se a 1ª Oficina em 08 de Maio de 2009, na Unidade Escolar Balduíno Barbosa de Deus, onde, já havia uma sala disponível com mesas, cadeiras, data-show, ECT. Na acolhida houve exposições dos slides “ Tudo depende de mim” ( Charlin Chaplin ) e “ O Ponto” ( Outro autor ), mensagens áudios-visuais motivadoras à nova retomada de atitudes diante da prática educativa. Em contínuo, foi seguido o passo a passo da oficina em menção através do próprio Tp e do caderno do formador, além disso, revisão das duas unidades em estudo.
As exposições dos “Avançando na Prática” foram de grande valia com participação veemente de todos. Fica claro que os professores da cidade de PioIX-PI, são compromissados, qualificados, experientes no ato pedagógico e inovadores. Abraçaram o Gestar 2 com muito afinco e sede à leitura dos Tps. O Programa é bom e satisfatório. Os relatos foram entregues ( posteriormente serão postados ).
Faz-se necessário dizer que um rico programa como esse deveria ser aberto para professores de 1ª a 4ª, como também do Ensino Médio.
Abaixo, algumas fotografias da 1ª Oficina, em 08/05/09. Rosângela Santiago Ribeiro Sousa.

O Gestar e eu...

O Gestar 2 e Eu...

Contemplo uma mesa verde, tantos livros, tanto que tenho que ler e entender, pôr em prática, obter resultados.... Ainda bem que esse verde vem carregado de esperanças, não fosse assim, nossas expectativas não surtiriam os efeitos que o programa almeja. Temos que arregaçar as mangas pois a hora está chegando. Sei que o início remete temor, o decorrer será muito prazeroso, visto que, estaremos ampliando nossos conhecimentos e sendo instrumentos de mudanças frente a uma sociedade desigual. Somos pilares fundamentais na construção e preparação de seres saudáveis fisicamente e psicologicamente, sim, o saber trás segurança e bem estar... É mandamento de Cristo ajudar uns aos outros, viver em partilha, a terra é de todos... Custe o que custar é assim que deve ser...
O Gestar é um meio de ação que sem tardar nos proporcionará novas práticas com nossos alunos, trará aulas gostosas de realizar, textos interessantes que encaixam direitinho no nosso cotidiano.
O mundo avança rapidamente e a escola não pode e não deve permanecer na mesmice de outrora. A pressa da vida moderna exige que a escola prepare seres atuantes, pensantes, críticos, visionários, a fim de intervir no seu meio. Aí está o Gestar, imergiremos nesse programa e , as luzes do êxito estarão a iluminar nossos caminhos. Por Rosângela Santiago em Fevereiro de 2009.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sobre mim
Contatos com livros
Trago carinhosamente nas minhas lembranças o meu velho sábio avô Francisco Hermínio Ribeiro em constante leitura bíblica, nós éramos pequenas, morávamos na cidade e dormir na casa da vó era tudo de bom. Lá Chico Hermínio colocava as netas para ler os Salmos de Davi e passagens do Novo Testamento, gaguejando, pois estávamos nas séries iniciais. O fato é que duas primas aprenderam a ler na Bíblia.
A Bíblia é o livro companheiro, numa leitura incansável, fonte inesgotável, entende? É o meu devocional em ação perene.
Outra marca da minha vida está nas histórias narradas a respeito do meu bisavô, o poeta Hermínio, estudou apenas uma semana, conheceu os códigos necessários para transcrição da fala e falou muito bem nos seus versos ingênuos a vida do povo daquele remoto tempo. Como podia alguém com tanta sabedoria?
Efetivamente foi lendo os poemas desse poeta caipira que emanou no meu ser o gosto pela leitura desse gênero.
Durante a minha vida estudantil, nas séries iniciais, as leituras eram sem grande efeito, digo, eram apenas para cumprir o treino... um texto era lido tantas vezes, em fila, um por um, que quando concluído 35 a 40 alunos quase todos já haviam decorado. No período de ginásio e magistério as leituras também mecanizadas com finalidades específicas, nada por prazer.
Só a partir do ensino superior é que alcancei autoincentivo, descobri que ler é viver, é deleite, é saber, e nessa imersão novos horizontes abriram-se e o meu leque de leitura tornou-se mais amplo, leio noticiários, revistas, jornais, livros didáticos, autoajuda, teológicos, teóricos literários e tudo que vem pela frente...
Leituras que me marcaram na adolescência foram: “O Pequeno Príncipe”, “Cristiane F., 13 anos, drogada e prostituída”, “Olga Benário Prestes”.
Sempre tenho em mente a próxima leitura. Tornou-se alimento, portanto.

Biografia de Rosângela Santiago Ribeiro

Rosângela Santiago Ribeiro, natural de Fronteiras, estado do Piauí, nasceu a 09 de Outubro de 1969. Filha de um agricultor e comerciante e de uma dona de casa. Os seus pais apenas alfabetizados, sem passar por a escola formal, pois não havia nenhuma, aprenderam a ler e rascunhar algumas palavras sozinhos, porém, Seu Thomaz sabia que era na escola, através dos livros que seus cinco filhos poderiam galgar uma vida melhor, dizia ele na sua “visão de mundo”. E assim, Rosângela dedicou-se somente à escola e suas prendas artísticas, aquilo que toda menina do interior deve aprender: bordar, pintar, costurar...
Iniciou seus estudos na Unidade Escolar Benjamim Batista aos sete anos de idade, na primeira série, concluíndo a oitava série no Ginásio Nossa Senhora de Fátima, prosseguiu com o Magistério, não por desejo, mas por única opção. Ao concluir no ano de 1989, já prestava serviço voluntário numa creche da Assistência Social da Assembléia de Deus.
Com o término do curso veio o desejo de partir para terras distantes, ir em busca de facilidades e possibilidades de trabalho. Debaixo de muitas lágrimas derramadas pela mãe, foi, foi apenas o corpo, o coração ficou. É certo que transcorridos três anos, voltou à amada terra, pois o passarinho não vive longe do ninho, justificava.
Ingressou na graduação em 1999 no curso de letras-português pela Universidade Estadual do Piauí. O curso dava-se em período especial, durante as férias coletivas, o que fraquejava na qualidade. Concluiu em 2003.
Já concursada desde 1994, pela Secretaria Estadual de Educação, além da docência, atuou como secretária, coordenadora, diretora, entre outras. Experiências foram internalizadas sem muitas preocupações.
Casou-se em 1999 com o professor e engenheiro civil, Francisco Alves de Sousa Filho, frutos dessa união nasceram dois filhos: Dimitri e Assíria.
Fez Pós- graduação em Literatura Brasileira pela Urca- Universidade Regional do Cariri no ano de 2005, no mesmo ano foi aprovada como servidora municipal, também docente, atuando de 5 ª a 8 ª série.

Desta forma, ora no ensino médio, ora no ensino fundamental concilia seu dia a dia entre as atividades do lar, filhos e igreja.
Membro ativo da Assembléia de Deus por “tradição, convicção e vocação”, diz sempre nos seus pronunciamentos, certa que a salvação do homem acontece através de Jesus Cristo. Atualmente, dentre tantas diligências, faz parte do Gestar ll – Gestão de Aprendizagem Escolar , com uma turma na cidade de PioIX-PI, pelo qual sente bastante honra e compromisso maior com a educação.